terça-feira, 17 de novembro de 2009

As pequenas grandes cervejas

loiras

O brasileiro sempre gostou de uma “loira gelada” e agora começa a entender do assunto. Prova disso é o boom de microcervejarias que surgiram no Brasil nos últimos anos. Na década de 90, existiam no país apenas meia dúzia dessas pequenas cervejarias e praticamente ninguém sabia que existiam outros tipos de cerveja, além da pilsen, da malzbier e da light. “A estabilidade da moeda e a entrada de produtos importados de qualidade fez com que o mercado de cervejas especiais esquentasse a partir de 2004”, diz Cilene Saorin, mestre cervejeira e beer sommelier (especialista em harmonização de cervejas e comidas).

Cilene Saorin

Para quem não sabe, a diferença do chope para a cerveja é que a cerveja, para ser engarrafada e ter validade maior, passa por processo de pasteurização – 85% das microcervejarias fazem apenas barris de chope. Basicamente, cervejas e chopes se dividem, segundo o tipo de fermentação, em três “famílias”: lambics, ales e lagers.

  • As lambics são um caso raro de fermentação espontânea. A maioria dos tipos de cerveja se encaixa em uma das duas outras classificações.
  • As ales são aquelas cuja levedura sobe durante a fermentação, por isso são ditas “de alta fermentação”. O processo de fabricação é mais antigo, e as cervejas resultantes dele costumam ser encorpadas e de sabor e aroma mais pronunciados. Entre elas, estão alguns estilos que o brasileiro aprendeu a apreciar nos últimos anos, como a escura stout (Guinness, por exemplo) e a clara weissbier, feita de trigo.
  • Nas lagers, a levedura decanta, daí o termo “de baixa fermentação”. Nesta classificação se encaixam as velhas conhecidas dos brasileiros pilsen, malzbier e light.

Demoiselle

Com bons ingredientes, equipamentos modernos e profissionais especializados, as pequenas fábricas de cerveja vêm conquistando consumidores ávidos por novidades. Em 1995, o advogado Marcelo Carneiro da Rocha, abriu a cervejaria Colorado (localizada em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo) que hoje está entre as maiores microcervejarias do país. Foi projetada como um restaurante que produzia as próprias cervejas.

colorado

O Cervejarium, o bar da Colorado, oferece 100 rótulos, entre nacionais e importadas, além dos cinco de produção própria, como a famosa Demoiselle, uma porter de alta fermentação que leva café e foi medalha de ouro em sua categoria, em 2008, no European Beer Star, importante concurso internacional de que participaram 688 rótulos de 17 países. A Colorado ainda produz a Cauim, uma pilsen suave que leva mandioca; a Indica, uma india pale ale (estilo inglês mais carregado em lúpulo), que tem um traço suave de rapadura equilibrando o amargor; e a Appia, cerveja alemã de trigo que contém mel de flor de laranjeira.

Bamberg01

O especialista em fermentação e análise sensorial, Alexandre Bazzo, mestre cervejeiro e proprietário da Bamberg, segue a linha tradicional alemã na arte de fazer cervejas com algumas adaptações. São mantidos cinco rótulos regulares e outros cinco sazonais.

Alexandre Bazzo

Bazzo é engenheiro de alimentos, e abriu a Bamberg com dois irmãos, em 1995,, em Votorantim, interior de São Paulo. A pequena cervejaria começou com chope e, neste ano, passou a engarrafar.

devassa

Com uma proposta irreverente de marketing, a Devassa , fundada em 2004, oferece cervejas de sabor mais apurado e desenvolvidas para o clima brasileiro. O chopp é vendido na rede de bares de mesmo nome, no Rio e São Paulo, e garrafas long neck também são vendidas em outros bares e supermercados.

devassa_garrafa

Em agosto de 2007, o Grupo Schincariol adquiriu a UDC (União das Devassas Cervejaria), dona da marca Devassa. Analistas estimam que ela tenha sido vendida por cerca de R$ 30 milhões.

Gattopardo

Mestre cervejeira com doutorado na área e funcionária da Brahma por sete anos, Kátia Jorge foi a responsável pela fórmula da cerveja Devassa. Hoje, Kátia é uma das sócias da Gattopardo, inaugurada no bairro carioca do Leblon como um botequim. A Gattopardo produz 6 mil litros mensais de chope em três estilos, numa microcervejaria alugada. “Teremos nossa própria fábrica no ano que vem”, diz Kátia, que também espera abrir, no fim do ano, outra choperia Gattopardo, duas vezes maior, e lançar dois novos chopes.

Kátia Jorge

Kátia é, ainda, uma das únicas mulheres a comercializar a própria cerveja.

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A Baden Baden foi criada em 1999, com o nome tirado do restaurante dos mesmos donos, para ser uma fábrica-modelo na produção de cervejas artesanais. Adepta ao movimento mundial do Craft Beer Renaissance (que se traduz como o Renascimento da Cerveja Artesanal), ela levanta a bandeira do resgate das tradições milenares de produção de cerveja. Devido a sua grande distribuição no Sul, Sudeste e Centro Oeste, e capacidade de produção de 120 mil litros/mês, o Grupo Schincariol resolveu comprá-la, em janeiro de 2007, mas garantiu manter o caráter artesanal de produção.

Baden Baden artesanais

Na verdade, tudo ainda é novo no mercado de cervejas artesanais. Há, por exemplo, pesquisas alemãs com outras ervas para substituir o lúpulo na atribuição do amargor à cerveja. Nos Estados Unidos, na Europa e até no Brasil, cervejeiros vêm maturando a bebida em carvalho, produzindo verdadeiras iguarias.

Para os especialistas, a expansão vai continuar. Atualmente, as microcervejarias brasileiras são responsáveis por 1% do mercado, uma porcentagem pequena se comparada ao panorama norte-americano, no qual elas já representam 6% do volume de vendas. Mas, com uma regionalização cada vez mais intensa, elas podem chegar a abraçar de 3% a 5% do mercado.

Referência:
Post adaptado - matéria da revista Casa & Jardim (Texto: Cristiana Couto. Fotos: Daniela Toviansky) e informações do wikipedia (http://revistacasaejardim.globo.com/Revista/Common/0,,EMI104400-16777,00-AS+PEQUENAS+GRANDES+CERVEJAS.html) e (http://pt.wikipedia.org/wiki/Microcervejarias_no_Brasil) 

Agradecimentos: 
À Kátia Bonfadini que me sugeriu o tema através de um artigo que ela recebeu e à Verônica Cobas que gentilmente revisou o texto. Obrigado!

Cervejaria Colorado
site Colorado: http://www.cervejariacolorado.com.br/
site Cervejarium: http://www.cervejarium.com.br/
blog Cervejarium: http://cervejarium.com.br/blog/

Cervejaria Bamberg
site: http://www.cervejariabamberg.com.br/
blog: http://cervejariabamberg.blogspot.com/

Cervejaria Baden Baden 
site: http://www.cervejariabadenbaden.com.br/

Cervejaria Devassa
site: http://www.devassa.com.br/

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Desgusta Rio 2009 – De 12 a 15 de novembro - RJ

Degusta Rio

O conceito do Degusta Rio é colocar o chef de cozinha em contato direto com o público.

Oportunidade única de estar com os melhores cozinheiros e chefes do Rio, degustando em pequenas porções suas delícias.
“Todos terão o privilégio de ver o seu prato sendo preparado na hora, na sua frente, pelo chefe e poderá, inclusive, conversar com ele sobre a refeição", finaliza Sônia Olival, idealizadora do projeto.

A publicitária identifica a versatilidade como característica principal do evento: lá funcionará desde restaurantes tradicionais aos informais bares e botecos da cidade.

Diversos tipos de culinária para serem degustadas em pequenas porções, acompanhadas de uma extensa programação cultural, como shows, performances, palestras, workshops, entre outras.
Cada bar e restaurante levará para o Degusta Rio um cardápio especial, composto de até três opções diferentes. O evento acontecerá numa área de aproximadamente 8000m2, envolvendo uma equipe de 400 pessoas na produção.

Serviço:
www.degustario.com.br
Datas: 12, 13,14 e 15 de novembro/2009
Local: Cais do Porto-Armazém 2- Rio de Janeiro
Endereço: Rua Rodriguez Alves, Armazém 02 e 03 - Centro
Tel.: (21) 3209-1602
Preços: R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia) estudantes, idosos e menores de 12 anos.
faleconosco@degustario.com.br

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Viagem à Orlando – ICEBAR Orlando

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No dia 21 de setembro, durante minhas férias em Orlando, eu e Paula ficamos curiosos para conhecer o famoso ICEBAR Orlando. O ICEBAR é literalmente um bar de gelo. O ambiente é todo esculpido no gelo, inclusive o mobiliário, esculturas e até os copos onde são servidas as bebidas quentes. É uma experiência realmente interessante.

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O ICEBAR Orlando é o primeiro estabelecimento desse tipo na América do Norte. Existem vários outros ao longo do mundo, como o de Londres,  Amsterdan e Barcelona. O de Orlando é conhecido como o maior deles  e fica aberto o ano inteiro.

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Fizemos nossa reserva pela internet, pois além de pagar no cartão ainda tem U$5 de desconto. A reserva é feita para um horário específico e são 6 horários disponíveis por dia (19:15, 20:00, 20:45, 21:30, 22:15, and 23:00). Reservamos para o horário das 20:45 e ainda bem que chegamos cedo, pois assim que estacionamos o carro percebemos que tínhamos esquecido a câmera. Putz!! Sem fotos não dá!! Conversamos com a atendente e como era uma segunda e o movimento era mais fraco mesmo, poderíamos passar para o horário das 21:30. Bem, depois de voltar todo o caminho até em casa, pegar a câmera e voltar até o Icebar…Ufa…chegamos em cima da hora. 21:30 sharp!!

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Enfim, depois de estarmos devidamente vestidos com capa e luva (fornecidos pela casa), adentramos o Icebar. A temperatura ambiente estava em torno de 3 graus. Luzes e música no estilo tecno davam clima ao local. Uma experiência nova e completamente inusitada. Paula tremia muito no início e eu estava completamente a vontade. Mas, uma coisa é ficar nesse frio por 3-5 minutos, outra coisa é ficar  por quase 45 minutos. Pegamos uma bebida quente, que era a única opção do bar, que parecia um mistura de vodka com algum tipo de licor de fruta. Não foi o suficiente para nos manter quente até o final do período, mas foi de grande ajuda.

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Várias esculturas, mesas, cadeiras e todas as paredes do local era feitas de gelo. Uma verdadeira obra de arte! Fui aproveitando e registrando tudo em fotos, até que percebi que a lente da câmera estava ficando meio embaçada. Opa!! Era sinal de que ela também já estava sendo afetada pelo frio. Desliguei a máquina e mantive guardada, bem quentinha, até o momento da nossa saída.

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Bem, passados os quarenta e cinco minutos, saímos do “zona de gelo” para o Fire Lounge, uma espécie de área onde a temperatura estava completamente agradável e poderíamos sentar e recuperar nosso calor corporal. Nesse lounge, havia também um bar instalado, mas com bem mais opções de bebidas. Tvs de lcd mostravam imagens de lareiras acesas e ajudavam na sensação, pelo menos psicológica, do calor. Paralelamente, aquecedores faziam o trabalho real de aquecer todos que estiveram no Icebar. Poltronas e pufs moderninhos, luzes de boate e até candelabros clássicos davam um clima bem aconchegante.

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Ficamos um tempo curtindo o local e depois saimos dali para comer alguma coisa, pois o estômago já estava roncando. Na saída, aproveitamos para tirar mais algumas fotos, agora do lado de fora. Um imenso urso polar de pelúcia estava na porta, dando as boas vindas àqueles que estava dispostos à essa incrível experiência.

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Dalí fomos até um restaurante muito legal, o Miller´s Ale House, que é uma espécie de bar-restaurante onde os americanos geralmente bebem suas cervejas e comem seus aperitivos enquanto assistem os jogos de futebol americano. Naquele instante, o Miami Dolphin (time local da Florida) enfrentava o Indianapolis Colts e a torcida fazia coro na tentativa de dar força ao time. Bem, de qualquer forma isso eu vou contar em outro post…Até a próxima!! bjs!

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ICEBAR Orlando
www.icebarorlando.com.br
8967 International Drive
Orlando, FL 32819
(407) 426-7555

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Barbaridade Boteco & Rango é novidade no Ipiranga

Site_Barbaridade

Inspirado nos antigos bares paulistas, o BARBARIDADE BOTECO & RANGO traz de volta a descontração dos botequins de esquina. Boa comida, petiscos, drink’s e a amizade, em um ambiente aconchegante e carregado de boas lembranças. A decoração é baseada nos anos 50 e 60. O cardápio resgata pratos e petiscos da época. Mas principalmente o sabor e a qualidade dos quitutes e refeições, que hoje se perderam neste mundo de modernidades, fast foods e comida por quilo.

O intuito do proprietário Gastão Motta, 35, formado em marketing pela UNESP; é o de homenagear um bar que foi sucesso no interior de São Paulo até a década de 80. Com propriedade na noite paulistana, afinal a família está no ramo desde a década de 40, no interior de São Paulo, Gastão abriu uma casa noturna aos 17 anos, já morou Londres, de volta ao Brasil passou por casas como BrainStorm, Gastão Confraria, Bar da Vila, entre outros; agora abre um novo empreendimento sem medo de errar.

Derretido na mandioca

O BARBARIDADE Boteco & Rango foi aberto em torno de um prato da lembrança de Gastão. Ele foi atrás da receita secreta do prato que hoje é o carro chefe da casa: o Derretido na Mandioca (carne de ponta de peito de costela bovina, desfiada e servida com mandioca amarela derretida na manteiga e regados ao alho e azeite).

Barbaridade

O ambiente é formado por um público na faixa dos 30 aos 50. Na decoração, destaque para o balcão de madeira em estilo antigo, além de quadros de jornais antigos que nos levam a tempos que realmente não voltam mais; cada canto da casa resgata a história e a sensação de tranqüilidade de uma São Paulo de antigamente.

cerva

Para beber, há uma série de cervejas especiais, batidas e o tradicionalíssimo chopp, sempre muito gelado. Conta com um clube do whisky e outro, o Clube do Chopp Brahma (claro ou escuro). Entre as cervejas só trabalha com Bohemia Long Neck, Norteña Uruguaya e a Erdinger Alemã.

Sanduíche de pernil

Para acompanhar o ritmo, a cozinha põe à mesa do cliente porções e petiscos de botequim, além de sanduíches tradicionais que marcaram a cidade de São Paulo, como o Bauru do Ponto Chic, o Pernil do Estadão, a Mortadela do Mercadão e além de um buffet especial de quitutes.

Pasteis

No almoço serve um buffet frio que acompanha os Pratos do Dia ou os Grelhados, preparados com receitas tradicionais, temperos e sabores da culinária paulistana.

Picanha

BARBARIDADE BAR
www.barbaridadebar.com.br
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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Chef Mariana Valentini ministra curso de masssas em novembro

No próximo dia 12 de novembro a partir das 19:30 horas o Restaurante Valentina irá se transformar em sala de aula. A Chef Mariana Valentini irá ministrar o curso de Massas Frescas Italianas com diferentes cortes e dois tipos de molhos.

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Durante as aulas, os participantes aprendem o preparo de receitas de massas frescas, coloridas e integrais, além de dois molhos básicos e variações. Após a aula, os participantes poderão saborear as receitas.

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Com mais de 10 anos de experiência no segmento de alimentação, Mariana foi para a Itália se especializar na cozinha italiana. Por lá, estudou a história da cozinha italiana, para poder resgatar as verdadeiras receitas da região de Siena, na Toscana. Ainda em Siena, o chef Alessandro Segatto a chamou para chefiar a cozinha do seu Risotteria, voltou ao Brasil e ficou ao lado de Segatto por um ano, foi para uma empresa de consultoria, onde coordenou a cozinha experimental para várias empresas. Escreveu por um período duas colunas no site Gastronomia e Negócios; além de seu próprio blog, onde conta suas experiências com as panelas.

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Mariana Valentini é formada em gastronomia pelo Senac, fez mais de 15 cursos de especialização na área, inclusive sobre segurança alimentar e hoje  faz parte de um grupo de estudos da História da Gastronomia na USP.

DATA: 12/11– curso de Massas – R$128,00 por pessoa
Horário: 19:30hs
Informações: (11) 3167.2988

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